Quando se está vivendo um momento e alguém nos diz que ainda vamos sentir saudades daquilo, podem surgir risadas, idgnações. Naquele momento aquilo não parece ter tanto valor e, quando não se tiver mais seria um alívio. Mas agora tudo mudou. Sinto falta daquele ambiente no qual as pessoas sabiam o meu nome e aonde me encontrariam para ajudá-las. Sinto falta daqueles professores que sentavam ao meu lado e me mostravam o caminho certo. Eu recebia apoio, incentivo. Tenho saudades daquela diretora divertida mas ao mesmo tempo focada e centrada para zelar com a ordem e o respeito perante o grupo. Me recordo de quando sentávamos ao sol morno da manhã, para realização de exercícios quando o ambiente costumeiro se tornava frio e insensivo. Sinto saudades daquela agitação antes da prova. Agitação, não medo. Os diálogos eram recíprocos e a voz dos inferiores eram ouvidas com atenção, sempre. Tudo era motivo para debates. As opiniões eram ouvidas e levadas em consideração. Sintia-se o amor no ar, ele estava ali, claro e sincero. Havia desavenças sim, havia. Mas eram poucas e quase sempre insignificantes. A amizade era clara como o céu em um dia sem núvens e o carinho, ah, transbordava na pele daqueles que o mereciam.
Sei que isso, não volta nunca mais. Hoje eu percebi de uma forma dura e cruel. Em um dia na semana no qual não tinha aula voltei naquele lugar aonde eu sempre me senti acolhida como se na minha casa estivesse, e me sentei em um banco sentindo o sol arder de leve em meu rosto, como sempre acontecia. Me lembrei de tudo o que passou e simplismente como a chuva cai do céu, uma lágrima escorreu dos meus olhos. Não me dei o trabalho de secá-la, deixei-a ali como em um protesto a tudo aquilo que eu vivi, e que sempre, e para sempre ficarão guardados dentro de mim.
Nossa! Muito bom... muito bom mesmo. Deu vontade de fazer isso também.
ResponderExcluirBjo